Wednesday, July 11, 2007

Encontro underground:
O segundo Domingo nove e meia acontece com a presença do Entreaspas e suas “coisitas” de ruas...

Debaixo do viaduto Santa Tereza, o Entreaspas participou com sua intervenção no segundo encontro libertário o “Domingo nove e meia”. Movimento que esta acontecendo nos primeiros domingos do mês, das nove e meia até às duas da tarde, em frente à Serralheria Souza Pinto, (de baixo do Viaduto Santa Tereza). O encontro tem o intuito de promover oficinas, debates, blocos musicais, feiras grátis e muitas outras coisas, com a colaboração dos participantes.

A tentativa do Domingo nove e meia, é de aproximar as pessoas para o espaço rua, fazendo dela um ponto de encontro para existir um momento de troca, seja de experiências ou de objetos, utilizando da praça que fica debaixo do viaduto para transformar em um espaço onde pode ser possível a confraternização. Nele se encontra vários tipos de atividades, as quais são realizadas com a boa vontade dos participantes, que trazem seus conhecimentos sendo eles práticos ou teóricos, que ajuda a montar o cronograma do evento que é esquematizado espontaneamente no dia do encontro.

O Domingo Nove e meia, sendo seu nome bem sugestivo, foi batizado no primeiro encontro no dia 3 de junho, com um debate entre os participantes que preferiram deixar seu nome como um referencial do próprio evento. Nesse movimento, além de encontrar debates políticos, ideologias anarquistas, punks, Vegan, marginais e militares a multiplicidade de pessoas com status quó diferentes interagindo em um mesmo ambiente é realmente algo bastante exótico. Regrado com os barulhos de ônibus que passam sobre nossas cabeças, sendo o viaduto Santa Tereza o teto, e o odor das urinas e das fezes humanas jogadas sobre os cantos das escadarias do viaduto, o local sendo a baixada pobre do centro da cidade, envolvem toda a neblina underground que paira no interessante encontro da rapaziada libertária de BH.

Na sua segunda edição, que ocorrera no dia 1 de julho, o Entreaspas participou e colocou seus materiais à disposição das pessoas que estavam no local. Levamos para lá uma placa de papel publicitária que arrancamos na noite anterior de sábado, retalhos de um armário e muita tinta. Com esses materiais tínhamos o desejo de torna os objetos em uma obra coletiva, que integrasse ao evento e que disponibilizasse intervenção entre aqueles que estavam no viaduto às nove e meia.

Primeiro ato

Segundo ato

Terceiro ato


Sobre o material

Na noite de sábado, dia 30 de junho de 2007. O Entreaspas interveio na prontidão de “limpar” a cidade. Passamos pela Contorno na altura do bairro Floresta e nos deparamos com a intensa publicidade que se agrupa uma sobre a outra numa antiga casa abandonada ao lado do supermercado Champion perto do viaduto Floresta. Como muitos conhecem, é um local abandonado e coberto com cartazes de shows sertanejos, ou dessas bandas de Heavy Metal “Gringas” que tocam por aqui e fazem uma caridade para BH.

Essas placas de papel se dão pelo intenso senso publicitário na cidade que disputam paredes e fazem concorrência com os stickers da rapaziada...rs. Eis a questão que muitos cidadãos criticam os sticker(lambe-lambe), por estarem depredando a imagem da cidade !!! Essas placas chegam a ficar tão duras e grossas que dão até para fazer uma escultura com elas. Ficam pesadas quando se aglutinam, são carregadas de cores fortes e principalmente: são enormes, será os lambe-lambe a vilão da imagem da nossa cidade? Com todos esses adjetivos que se encontram nesses cartazes locados e re-colados, vemos neles um ponto interessante para se pensar... Podemos criar e inventar novas possibilidades de materiais gratuitos e de ótimo efeito, apropriando eles e recolocando nas ruas como um meio de expressão sendo ele das marginais.



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