Tuesday, December 25, 2007

“Nossa vida é essa, subir Bahia , juntar entulho e ouvir conversas...”

“O desapego, a rua na sua excentricidade, a velocidade de uma sociedade que não descansa, revoluções instantâneas assim como funciona o mercado mundial, a vida nascida já póstuma. A “Arte” feita já para um fim. Pessoas e caras que somam e diluem o trabalho momentâneo, uma forma de re-construir o nosso espaço na intenção do esgotamento... Carros, prédios, drogas, gentes, excrementos, dinheiro, etnia, violências, surpresas, mulheres, amigos, transgressões, medos, criatividades, furtos, alegrias, musicas, fotos, experiências, entulhos, ratos, misérias, vontades, introspectições, amores, riquezas, falta de vergonhas, ciladas, pasteis, cafés, festas, decepções, orgulhos, tristezas, futilidades, sujeiras, sinais, apatias, madrugas point, compaixões, performances, diversões, ruas e errantes... Pequenos exemplos de substantivos que empenham a experiência da obra e o seus inúmeros autores..”









Wednesday, July 11, 2007

Encontro underground:
O segundo Domingo nove e meia acontece com a presença do Entreaspas e suas “coisitas” de ruas...

Debaixo do viaduto Santa Tereza, o Entreaspas participou com sua intervenção no segundo encontro libertário o “Domingo nove e meia”. Movimento que esta acontecendo nos primeiros domingos do mês, das nove e meia até às duas da tarde, em frente à Serralheria Souza Pinto, (de baixo do Viaduto Santa Tereza). O encontro tem o intuito de promover oficinas, debates, blocos musicais, feiras grátis e muitas outras coisas, com a colaboração dos participantes.

A tentativa do Domingo nove e meia, é de aproximar as pessoas para o espaço rua, fazendo dela um ponto de encontro para existir um momento de troca, seja de experiências ou de objetos, utilizando da praça que fica debaixo do viaduto para transformar em um espaço onde pode ser possível a confraternização. Nele se encontra vários tipos de atividades, as quais são realizadas com a boa vontade dos participantes, que trazem seus conhecimentos sendo eles práticos ou teóricos, que ajuda a montar o cronograma do evento que é esquematizado espontaneamente no dia do encontro.

O Domingo Nove e meia, sendo seu nome bem sugestivo, foi batizado no primeiro encontro no dia 3 de junho, com um debate entre os participantes que preferiram deixar seu nome como um referencial do próprio evento. Nesse movimento, além de encontrar debates políticos, ideologias anarquistas, punks, Vegan, marginais e militares a multiplicidade de pessoas com status quó diferentes interagindo em um mesmo ambiente é realmente algo bastante exótico. Regrado com os barulhos de ônibus que passam sobre nossas cabeças, sendo o viaduto Santa Tereza o teto, e o odor das urinas e das fezes humanas jogadas sobre os cantos das escadarias do viaduto, o local sendo a baixada pobre do centro da cidade, envolvem toda a neblina underground que paira no interessante encontro da rapaziada libertária de BH.

Na sua segunda edição, que ocorrera no dia 1 de julho, o Entreaspas participou e colocou seus materiais à disposição das pessoas que estavam no local. Levamos para lá uma placa de papel publicitária que arrancamos na noite anterior de sábado, retalhos de um armário e muita tinta. Com esses materiais tínhamos o desejo de torna os objetos em uma obra coletiva, que integrasse ao evento e que disponibilizasse intervenção entre aqueles que estavam no viaduto às nove e meia.

Primeiro ato

Segundo ato

Terceiro ato


Sobre o material

Na noite de sábado, dia 30 de junho de 2007. O Entreaspas interveio na prontidão de “limpar” a cidade. Passamos pela Contorno na altura do bairro Floresta e nos deparamos com a intensa publicidade que se agrupa uma sobre a outra numa antiga casa abandonada ao lado do supermercado Champion perto do viaduto Floresta. Como muitos conhecem, é um local abandonado e coberto com cartazes de shows sertanejos, ou dessas bandas de Heavy Metal “Gringas” que tocam por aqui e fazem uma caridade para BH.

Essas placas de papel se dão pelo intenso senso publicitário na cidade que disputam paredes e fazem concorrência com os stickers da rapaziada...rs. Eis a questão que muitos cidadãos criticam os sticker(lambe-lambe), por estarem depredando a imagem da cidade !!! Essas placas chegam a ficar tão duras e grossas que dão até para fazer uma escultura com elas. Ficam pesadas quando se aglutinam, são carregadas de cores fortes e principalmente: são enormes, será os lambe-lambe a vilão da imagem da nossa cidade? Com todos esses adjetivos que se encontram nesses cartazes locados e re-colados, vemos neles um ponto interessante para se pensar... Podemos criar e inventar novas possibilidades de materiais gratuitos e de ótimo efeito, apropriando eles e recolocando nas ruas como um meio de expressão sendo ele das marginais.



Pegar


arrancar


Descansar

Wednesday, June 06, 2007

INTERVENÇÃO URBANA NA ÁREA CENTRAL DE BELO HORIZONTE:
ARTE E LIXO
A intervenção urbana, como uma ação que pode promover modificações materiais, sociais e culturais, ocasionados por meio de agentes sociais, participa da dinâmica do espaço urbano. Essa intervenção pode resultar em elementos e formas fixas no espaço, as quais têm tempo de permanência necessário para a sua finalidade urbana. A proposta do grupo Entre Aspas é de uma intervenção despreocupada com o tempo de permanência e com o próprio objeto edificado. Mas, atento ao movimento e impacto que o objeto construído, em praças e/ou esquinas, com forma e expressão da “arte” contemporânea, provoca nos sujeitos urbanos, acostumados a verem esses lugares como espaço de passagem e/ou paragem, pertencentes à cidade. Esses lugares com elementos fixos (ruas e praças) são tomados pelo grupo como novos lugares: os de expressão de impulsos, idéias e linguagens da vida contemporânea. Estas são materializadas por meio do lixo urbano e, principalmente, durante o ato de fazer. A área central urbana de Belo Horizonte como um espaço frenético e caótico, impede os seus transeuntes de perceberem que o mesmo é deles, enquanto espaço. Dessa maneira, poucos deixam seus registros como forma de visibilidade e identidade. A maioria deixa seus registros em forma de lixo: produto de seu consumo, de sua forma de interagir com o espaço e de sua falta de questionamentos. A essência do grupo é, entre outras dimensões, “tirar linguagens do lixo”.

Wednesday, April 18, 2007

"Aspas noturna"

Numa noite de intervenção
anfitrião te recebe, te adora
entra em conflitos, ignora
Vê a passagem do transeunte
do lado b da rua
da criança, da mulher quase nua
se atém ao vácuo do ego ego
vácuo eu sei e nego!
O encantamento vasto da metrópole
nela é hasteada a bandeira da street -arte
os mastros são postes e placas entre-ruas
um mundo de terra, júpiter, vênus, saturno e marte
Artista com os bárbaros
e sombrios, usa-se o elo
da rua, do instante,
entre caixas, lixo, cola, eu velo
o foco d'uma câmera na cara
do filho da estrada e amigo das praças
é sim, nem ponto nem vírgula, é aspas
entre um, entre vários entreaspas.

Feita pela Jornalista Silvana Monteiro.



"Sil e o evento"

"passagem de poetá"

Friday, February 23, 2007

"Carnaval Entre Aspas"
No dia 10 de Fevereiro foi um sábado de pré-carnaval, com o nosso azar ou sorte, o dia sagrado do Entre Aspas trabalhar, caiu justamente no conhecido pré-carnaval da Banda Mole. Uma festa que acontece uma vez ao ano nos supostos carnavais de Belô. Essa festa, melhor dizendo, esse trio elétrico, nada mais é, do que uma tentativa frustrada da secretaria de turismo em criar algo atrativo em Belo Horizonte. No entanto o dia estava tenso, do meu pacato bairro eu já sentia os murmúrios das pessoas indo para o centro, a cidade toda estava se preparando não só para ir à popular festa, mas também um clássico de Cruzeiro e Atlético disputando o campeonato mineiro (dando 3 à 1 para o Atlético), que iria acontecer simultaneamente no Mineirão. No Centro as pessoas estavam eufóricas, jovens adolescentes usavam e bebiam entorpecentes, a trafego de travestis e gays eram incessantes, as mulheres perdiam a linha, os homens perdiam a razão, o carnaval é um dia engraçado! Ele é marcado no catálogo nacional o dia onde tudo e todos jogam para fora suas loucuras e consentimentos guardados do decorre do ano. A transição de policiais era intensa, não só a policia militar que foi levada ao centro de ônibus, mas a tropa de choque estava em peso para manter a regalia do cidadão contido.
Na Praça Afonso Arinos onde aconteceu a intervenção a poucos metros de toda a bagunça, varias figuras bêbadas passaram por nós e participaram da construção da escultura e comentavam-nas: que aquele objeto no meio do caminho, despertava provocações nos carnavalescos que passavam pelas ruas. Assim um outro homem que já estava fora de seu juízo normal, chegou para nós e perguntou se poderia ajudar a montar todo aquele mutuado objeto de madeira. Com as ajudas que recebia a escultura, ganhamos também uma linda modelo que pousou para gente e pediu travessamente para sentar na alta cadeira da escultura. Não dando para subir, Ana nos pagou com um belo sorriso e foi se embora para o carnaval.
Em geral, essa foi à primeira obra publica a durar até o domingo.


"Petiscos para revitalizar os ânimos"


“Modelo Entre Aspas”

"Ana e seu sorriso"

"Ônibus militares ao fundo"


"Figuras bêbadas"


“Ajuda mutua“


"Fim de banda e começo de exposição"


"Obra sobrevive ao sol de Domingo"


Monday, February 12, 2007

"Cow Parede Entre Aspas"

Em 2006 o movimento Cow Parade esteve em Belo Horizonte, fazendo sua "intervenção artitisca nas ruas da cidade... Assim com a mobilização de "artistas" da região, houve uma contra versão a idéia da arte institucional e mercadológica que esta sendo o Cow Parade que é feita em todas as partes do mundo. Houve uma mobilização de "artistas praxticos" da UFMG E UEMG, onde se reunirão para fazer uma passeata com o slogan "Cow Parodia". O Entre Aspas também teve afinco a sua participação, fazendo uma "Cow parede" no dia 01 de julho de 2006, e participando da passeata que aconteceu em 8 de julho, tendo o encontro das pessoas na rua Leopoldina, onde se encontra a vaca originalmente transgressora feita por “artistas” marginalescamente Belorizontinos.

Colhendo material para revestimento ...

efemeridade...

processo I

processo II

assinatura...

Manifestação do "Cow Parodia."


VACA ENTRE ASPAS
"Esse cachorrinho gordo, é uma vaca magra"...



Wednesday, January 17, 2007